"[...] observamos que a pintura moderna está, por vezes, muito próxima da pintura infantil. O artista moderno fica frequentemente extasiado com a simplicidade, a autenticidade e a espontaneidade da pintura infantil. Surpreendido pelas suas audácias e poder de invenção, o artista moderno verifica, por vezes, que a criança encontra espontaneamente o que ele mesmo procura, desde há muito tempo."
- Gonçalves. E, A arte descobre a criança, 1991.
Hoje, os meninos e meninas deram início à segunda parte (pintar Miró) do projecto comum (Pré-Escolar / 1º ano do 1º CEB) denominado "Amanecer con el gallo" (Amanhecer com o galo), referindo-se o título, a duas grandes pinturas de Miró: "Amanhecer" e "O galo".
Na fotografia de Arnold Newman, Joan Miró. Nunca imaginaria uma presença assim tão serena, um olhar, um sorriso tão doce. Encontrei aqui o menino tímido e curioso que a sua obra adivinhava ser.
Joan Miró i Ferrà foi um artista espanhol nascido em Barcelona que viveu de 1893 a 1983. Joan Miró, apesar de ser mais conhecido pelas suas pinturas, não praticou apenas esta forma de arte, mas também fez desenhos, colagens, esculturas e cerâmicas. Foi um artista essencialmente surrealista. O seu primeiro emprego foi numa farmácia. O tédio do trabalho obriga-o a abandonar a farmácia e a mudar-se para a França, para dedicar-se à pintura. Miró chegou a Paris aos 26 anos, em 1919, logo após o final da Primeira Guerra Mundial. Já em Paris, foi procurar o também espanhol Pablo Picasso, então já um artista famoso, a quem foi entregar umas encomendas da mãe. Picasso, de imediato, comprou um auto-retrato de Joan Miró.
Durante a Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945), quando a Alemanha invadiu a França, Miró voltou em definitivo para a Espanha, de onde não se mudaria mais. Nos últimos anos de sua vida, Joan Miró vai morar para a ilha de Palma de Mallorca, em Espanha, onde morre no dia de Natal de 1983.
"Un cuadro no se acaba nunca, tampoco se empieza nunca, un cuadro es como el viento: algo que camina siempre, sin descanso".
Joan Miró
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AOS PAIS
"Quadros de Miró valem 150 milhões"
O Banco Português de Negócios (BPN) quer vender os 82 quadros de Joan Miró, um dos mais famosos artistas espanhóis, que tem em sua posse desde que um grupo económico espanhol falhou o pagamento de um avultado empréstimo concedido pelo banco no tempo de Oliveira e Costa. A Christie’s, uma das leiloeiras mais prestigiadas do Mundo, já avaliou as obras e está a preparar um plano para a sua alienação. Estima-se que esta venda permita arrecadar, no mínimo, 150 milhões de euros.
Ao que o Correio da Manhã apurou, os especialistas da Christie’s, leiloeira do Reino Unido, estiveram em Lisboa em meados de Julho passado e, segundo fonte conhecedora do processo, "ficaram surpreendidos com a veracidade dos quadros". A presença dos especialistas da leiloeira britânica em Lisboa destinou-se não só a avaliar a originalidade das obras de arte de Miró na posse do BPN, mas também a estabelecer um valor global para aquele património artístico. Para reforçar a liquidez financeira do banco, a nova administração do BPN, liderada por Miguel Cadilhe, "tem intenção de vender os quadros em momento oportuno", diz a mesma fonte.
A partir da avaliação artística e económica realizada em Lisboa, a Christie’s irá fazer ao BPN uma proposta para a venda dos quadros. Para já, está ainda em avaliação se o BPN irá vender os 82 quadros de Miró, uma das maiores colecções do Mundo do artista espanhol, de uma só vez ou em várias vezes.
Desde que as obras foram parar à posse do BPN – por força de um grupo económico espanhol não ter pago o crédito pedido ao banco – o custo de conservação e manutenção dos quadros, incluindo a verba referente ao crédito garantido, já ronda os 75 milhões de euros. Mesmo assim, esta despesa corresponde apenas a 50 por cento da receita mínima estimada com a venda dasobras: 150 milhões de euros é quanto poderá render ao BPN a venda dos 82 quadros de Miró.
Fonte: Correio da Manhã
O Banco Português de Negócios (BPN) quer vender os 82 quadros de Joan Miró, um dos mais famosos artistas espanhóis, que tem em sua posse desde que um grupo económico espanhol falhou o pagamento de um avultado empréstimo concedido pelo banco no tempo de Oliveira e Costa. A Christie’s, uma das leiloeiras mais prestigiadas do Mundo, já avaliou as obras e está a preparar um plano para a sua alienação. Estima-se que esta venda permita arrecadar, no mínimo, 150 milhões de euros.
Ao que o Correio da Manhã apurou, os especialistas da Christie’s, leiloeira do Reino Unido, estiveram em Lisboa em meados de Julho passado e, segundo fonte conhecedora do processo, "ficaram surpreendidos com a veracidade dos quadros". A presença dos especialistas da leiloeira britânica em Lisboa destinou-se não só a avaliar a originalidade das obras de arte de Miró na posse do BPN, mas também a estabelecer um valor global para aquele património artístico. Para reforçar a liquidez financeira do banco, a nova administração do BPN, liderada por Miguel Cadilhe, "tem intenção de vender os quadros em momento oportuno", diz a mesma fonte.
A partir da avaliação artística e económica realizada em Lisboa, a Christie’s irá fazer ao BPN uma proposta para a venda dos quadros. Para já, está ainda em avaliação se o BPN irá vender os 82 quadros de Miró, uma das maiores colecções do Mundo do artista espanhol, de uma só vez ou em várias vezes.
Desde que as obras foram parar à posse do BPN – por força de um grupo económico espanhol não ter pago o crédito pedido ao banco – o custo de conservação e manutenção dos quadros, incluindo a verba referente ao crédito garantido, já ronda os 75 milhões de euros. Mesmo assim, esta despesa corresponde apenas a 50 por cento da receita mínima estimada com a venda dasobras: 150 milhões de euros é quanto poderá render ao BPN a venda dos 82 quadros de Miró.
Fonte: Correio da Manhã
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