domingo, 31 de outubro de 2010

PARTILHANDO COM A EDUCAÇÃO ESPECIAL

Uma das meninas bonitas desta sala é a Ana Miguel. É uma criança alegre, viva e muito inteligente! Porém, tem também um défice auditivo que, logo em anos tenros de idade, lhe condicionou a aquisição da linguagem oral. Usufrui, por isso, de apoio da professora de Educação Especial, duas vezes por semana. Os mais curiosos perguntam agora: e o que faz a Ana neste apoio? Como se trabalha este problema?
E é com muito gosto que partilhamos, neste espaço, um pouquinho das "brincadeiras" que se fazem com a Ana, ao nível da Educação Especial, para tentar colmatar esta sua dificuldade da fala que, sabemos nós, não só serve de pilar da comunicação saudável com os outros, como é condição essencial para uma boa aprendizagem da leitura e da escrita.
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Além de se trabalharem praxias buco-faciais que relaxam os músculos e boca da criança, de se treinarem articulações de fonemas isolados e dentro de palavras ...

... trabalha-se, neste ano lectivo em especial, aquilo a que chamamos a consciência fonológica (silábica e frásica). E o que é isto, na verdade? Para que a Ana consiga articular correctamente uma palavra, não basta conseguir fazer bem o som do fonema (letra). É preciso que a saiba aplicar na palavra e, consequentemente, na frase. E para articular bem uma palavra, e mais tarde aprender a escrevê-la segundo as regras ortográficas, é,  de igual modo essencial que reconheça que esta está dividida em pequenos sons (sílabas) que, juntos, formam um todo. O mesmo acontece com a frase. está dividida em palavras que se juntam e fazem sentido. Algumas destas palavras são muito pequeninas, são partículas de ligação, tais como o "a", o "de", o "para",que, pelo seu tamanho e posição na frase, são esquecidas por crianças como a Ana, que ainda não as percepciona, com a sua capacidade auditiva, convenientemente.
Então, e porque estamos a lidar com crianças do pré-escolar, que querem mesmo é aprender, mas a brincar, inventam-se brincadeiras com fantoches de dedos, contam-se histórias com bonecos feitos com rolos de papel, mas também se brinca aos professores e alunos com fichas de trabalho giras e cheias de figuras engraçadas. Aqui estão algumas fotografias:
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Esta foi uma pequena partilha de ideias com todos aqueles interessados na nossa Escola. Se gostarem, poderá haver mais ... E não se esqueçam, também o podem fazer em casa!
“Dedicar 15 a 20 minutos por dia a jogos e exercícios metalínguísticos é contribuir, concerteza, para um processo de aprendizagem de leitura/escrita mais acessível.”
(Carmina Pereira Elias)
Até breve!
Sara Lopes (Professora do Ensino Especial)

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